segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A cruel realidade

A principio a ficha parecia ter caído,o Diabetes ja fazia parte de nossas vidas, mas não foi bem assim que aconteceu, a sensação que tinha é que tínhamos vidas paralelas, agiamos com aceitação, foi feito tudo o que era necessário, mas lá no fundo não acreditávamos no que vivíamos.
Fui realista quando o Igor finalmente saiu do que eu chamo de "transe", o tempo todo ele esteve acordado, o cérebro ativo, mas nada foi registrado, é assim até hoje nas crises de hipoglicemia.
Não chorei, fui carinhosamente realista quando ele me perguntou: - Onde eu estou?? Porque estou aqui??
Ele foi um guerreirinho... Seus olhos baixaram um pouco quando conversamos sobre os doces...
Teve algumas crises de choro, queria ir pra casa, mas logo percebemos que fazia parte do quadro, era um sintoma, era só medir para confirmar, glicose acima de 450.
Ficamos por 4 dias na UTI, mas 8 no quarto, a glicose não se estabilizava, ora alta ora abaixo de 50, os medicos se contradiziam, Teve uma medica que chegou a dizer que ele não tinha nada, juro que me agarrei a esta afirmação com todas as minhas forças, festejei... mas logo veio a realidade de volta, sem insulina ficava acima de 400 com insulina abaixo de 70, até que uma medica comentou sobre uma possível volta a UTI, meu desespero foi total.
A pediatra do Igor me ajudou muito, me atendia a qualquer hora, até que ela me indicou uma endocrinologista que nos visitaria no Hospital, e é a que acompanha o Igor até hoje. Ela foi extremamente realista, acho que um medico nesta situação tem que ser:
- Você está a par de toda a situação? você sabe o que está acontecendo com seu filho?
- Mais ou menos...
- Então vamos lá, Seu filho tem diabetes mellitus tipo 1, ninguém tem culpa, é predisposição genetica, não tem cura, mas é controlável, tudo vai depender de como vocês vão encarar o tratamento, Já vi todo o prontuario dele e vamos mudar o tratamento pra que ele saia daqui o mais rápido possivel, ele já era pra estar em casa. A insulina usada aqui não é adequada, a alimentação não é adequada, ele tem que ir pra casa. Que tipo de tratamento você tem condições de pagar pra ele?
- O melhor!!! Não importa quanto custa eu quero o melhor e mais apropriado!!!
- Tem condições de comprar isso hoje?
- Tenho que ter...
- Lantus, Novorapid, canetas, agulhas, glicosimetro e fitas.
Comecei a entender como as coisas funcionavam, no hospital meu filho usava a NPH, a alimentação era carboidrato puro, quando não era carboidrato em excesso era na quantidade certa e de absorção rápida, o que lhe causava as hipoglicemias.
Na ansia de entender o que estava acontecendo contrariei os medicos, e salvei-lhe a vida com um bombom (glicose 34), quando todos não sabiam mais o que fazer.
Ouvi muito por conta do bombom, fui chamada de inconsequente, na hora congelei porque não tinha argumentos, mais hoje sei que salvei meu filho e tenho pena desses medicos que não tiveram a humildade de admitir que não sabiam tratar do meu filho e pediram ajuda a um profissional competente.
Não sou diabética, mas é como se fosse, e sei que ao longo do caminho encontrarei muitos medicos assim, que querem domar um leão como se ele fosse um gatinho.


5 comentários:

  1. Parabéns por este espaço. Fico feliz em ver cada vais mais blogs sobre o tema. Ótimo! Viva a informação! Beijos.

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  2. Olá Chamo-me Fabiana e tenho meu filho Matheus que sofre muito com diabetes tipo 1. No entanto, não tenho problemas com a hipo e sim com a hiper , na maioria das vezes o aparelho nem consegue ler o destro, pois a diabetes está alta demais, preciso muito de ajuda e gostaria de saber com faço para trocar informações com outras mães..Por favor, mande-me um e-mail auxiliando-me: profabi@bol.com.br

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  3. Olá Chamo-me Fabiana e tenho meu filho Matheus que sofre muito com diabetes tipo 1. No entanto, não tenho problemas com a hipo e sim com a hiper , na maioria das vezes o aparelho nem consegue ler o destro, pois a diabetes está alta demais, preciso muito de ajuda e gostaria de saber com faço para trocar informações com outras mães..Por favor, mande-me um e-mail auxiliando-me: profabi@bol.com.br

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  4. Olá Chamo-me Fabiana e tenho meu filho Matheus que sofre muito com diabetes tipo 1. No entanto, não tenho problemas com a hipo e sim com a hiper , na maioria das vezes o aparelho nem consegue ler o destro, pois a diabetes está alta demais, preciso muito de ajuda e gostaria de saber com faço para trocar informações com outras mães..Por favor, mande-me um e-mail auxiliando-me: profabi@bol.com.br

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  5. Novamente Fabiana e seu filho Matheus de 10 anos...Mães ou pessoas que sofrem como nós com os sintomas da diabetes nos ajude, pois nossa luta é difícil demais, li vários depoimentos e chorei muito, pois passo isso todos os dias, O Matheus chora e também me pergunta o que fez para ter diabetes...No dia do Natal ele pediu um só presente que DEUS o curasse da diabetes...Ele acorda em jejum com 400 a 450 o destro me auxiliem por favor estou deseperada e preciso de muito auxilio e troca de informações com outras mães...Meu e-mail é profabi@bol.com.br..Mandem-me resposta..

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