quinta-feira, 8 de março de 2012

A CURA DO DIABETES 2 ANOS E 8 MESES DEPOIS

Não, o Igor não esta curado, é uma pegadinha, a mesma que os sites especializados tem feito conosco, pessoas que desejam muito a cura do diabetes.
Esta semana vi muitos links, pessoas compartilhando na rede a materia com o titulo "Alcançada cura de diabetes tipo 1 com células-tronco" :



Desde que o Igor teve como diagnostico DIABETES MELLITUS TIPO 1, tenho lido tudo sobre o assunto, principalmente sobre a cura, e depois de 2 anos e 8 meses, as noticias são as mesmas, as vezes aparece uma tecnologia nova para facilitar a nossa vida, mas nem sempre temos acesso, pois não se encontram disponiveis no Brasil, e importar medicamentos e dispositivos medicos, nem sempre vale a pena o investimento por não ter assistencia medica qualificada para lidar com a tecnologia.
De uns tempos para cá, eu parei de perder meu tempo, não acredito que vá mudar muita coisa a curto prazo, são sempre os mesmos textos, mudam os nomes dos pesquisadores, o titulo da noticia, mas no final é o mesmo conteudo, mas esta materia eu não poderia deixar de comentar.
A sensação que tenho é que nós precisamos ser meio que enganados, que querem criar em nós uma falsa esperança de nos livrarmos do tratamento do Diabetes, não querem que tenhamos uma verdadeira visão do que é A CURA DO DIABETES.


CURA
        A palavra cura já existia em latim com o sentido primitivo de ‘cuidado’, ‘atenção’, ‘diligência’, ‘zelo’. Havia também o verbo curo, curare, de largo emprego, com o significado de 'cuidar de', 'olhar por', 'dar atenção a', 'tratar’.[1] 
        Como termo médico, cura foi primeiramente usado na acepção de ‘tratamento’, conforme se lê em Celsus (séc. I DC) em seu livro III.9.1 : In hoc casu medici cura esse debet, ut morbum mutet (Neste caso ocuidado médico [ou do médico] é indicado para mudar o curso da doença).[2] 
        A evolução semântica da palavra cura, tanto em latim, como nas línguas românicas, operou-se em várias direções, sempre em torno da idéia de ‘cuidar de’, ‘exercer ação sobre’, ‘tratar’. 
        Como termo de medicina a mudança de significado decorreu do fato de que a cura, no sentido de tratamento, na maioria das vezes, modifica o curso da doença e restabelece a saúde do enfermo. 
        Deu-se, então, a metonímia, na modalidade em que a mesma palavra passa a expressar tanto a ação (no caso os cuidados médicos) como o resultado da ação (a recuperação da saúde). A metonímia é um fenômeno comum de linguagem. 
        Assim, cura passou a significar também o restabelecimento da saúde, a volta ao estado hígido, e esta nova acepção sobrepôs-se à primitiva no entendimento geral e no próprio vocabulário médico. 
        Em razão dessa evolução semântica, curar pode ser empregado tanto no sentido de tratar, cuidar de, como no sentido de debelar uma enfermidade, de restituir a saúde, de sarar
        Sarar deriva do verbo latino sanare, que se conservou intacto em italiano, e evoluiu para sanar em espanhol e sarar em português. A substituição de por r que se operou na língua portuguesa é explicada pela seguinte sequência na passagem do latim vulgar para o português arcaico: sanare saar > sar > sarar.[3] 
        Sarar é ‘ficar são', ‘recuperar a saúde’. Tanto pode ser empregado como verbo intransitivo (o doente sarou), como transitivo direto (o médico sarou-a daquela doença) ou ainda na forma pronominal (sarou-se do resfriado).[4] 
O DIABETES, é uma doença peculiar, ela não debilita, não é fatal, a menos que não seja tratada, quando aceitamos a doença e todo o seu tratamento como deve ser, esquecemos um pouco da palavra cura e passamos a buscar o melhor tratamento possivel.
O controle das taxas glicemicas é bem individual, afinal, o comportamento do diabetes se difere de um individuo para outro, o que é maravilhoso em termos de controle para o meu filho, pode não funcionar para o seu, mas que existe uma forma de controlar o DIABETES, isso existe e é possivel para todos.
Quando passei a buscar o melhor para o meu filho, percebi que DISCIPLINA E ACEITAÇÃO era o primeiro passo que precisava dar, a partir daí, ficou facil para os medicos nos direcionar para o melhor TRATAMENTO, até que chegamos a BOMBA DE INSULINA, isso é a cura? Não, mas é o que encontramos mais proximo da normalidade, mas para isso precisamos mudar o nosso conceito de "doença" e de "ser normal", meu filho é portador de uma doença cronica, mas que controlada, faz com que ele esteja em "estado de normalidade".
Estar doente, vulgarmente, pode significar ser nocivo ou indesejável, ou socialmente desvalorizado [...] O que é desejável é a vida, uma vida longa, a experimentação de sensações agradáveis, a capacidade de relacionar-se, a possibilidade de trocar vivências e afetos, a capacidade de reprodução, a capacidade de trabalho físico e mental, a força física e energética, a ausência de dor, um estado no qual o corpo sente o mínimo de desconforto e percebe a agradável sensação de “ser no mundo” (CANGUILHEM, 2000)
Fonte: http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/view/65/2683C 

Jamais submeteria meu filho a um processo de cura tão evasivo quanto o que tem sido anunciado, e os riscos não compensam(quimioterapia), e no final da materia, ("Isto significa que a dose diária de insulina necessária para manter os níveis de glicose no sangue pode ser reduzida.") fica bem claro que a necessidade de doses de insulina continua, são apenas reduzidas...
Hoje estamos com o melhor tratamento possivel, a bomba de insulina, nos livramos de todos os preconceitos sobre a palavra DOENÇA, e criamos novos parametros de vida e estamos felizes...

Quanto a esta CURA anunciada? Não, Obrigado!!!

4 comentários:

  1. Sarah,

    Falou tudo. A partir do momento que aceitamos o diabetes em nossa vida passamos a conviver com ela de uma maneira tão natural que se incorpora em nosso dia, assim como tem que ser, sem neuras, sem preconceito.
    E vivemos em plena harmonia com a diabetes.
    Beijo

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  2. Sarah, obrigada pelo retweet no twitter!
    Vi o link no seu perfil e vim conhecer, já que o assunto me interessa. Tenho um enteado beirando os 30 anos e desde os 5 tem diabetes. Desde a época que ficou doente, a notícia da cura é veiculada até mesmo em revistas especializadas. Enchem o paciente de esperanças, mas qual a verdadeira intenção? É certo que os laboratórios não querem a cura para o diabetes.
    Mas como o Faustão e o Jorge Cajuru conseguiram a cura? Eles foram cobaias de uma nova experiência, mas não podem falar sobre esse assunto porque o médico não pode sofrer represálias. Simples assim. O Faustão é um medroso, mas se você procurar pelo Jorge Cajuru, ele lhe passará as diretrizes.
    Boa sorte!!
    Beijus,

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  3. Luma, jamais me esquecerei, vc foi a primeira a cometar sobre o assunto pos diagnostico, foi quando descobri que havia vida pos diabetes, mas esta cirurgia trata-se do tipo 2 e no nosso caso é o tipo 1, a cirurgia é polemica, os riscos são enormes, ja li, inclusive uma entrevista do Cajuru numa revista especializada...

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  4. A minha opinião:sei q se trata de uma doença super complicada pois tds os dias convivo c ela.Meu filho a adquiriu c 1ano e 6 meses, hj tem 8, mas a aceitação p mim tem sido difícil até hj.Sou evangélica e creio q um dia vou vê-lo curado ñ por achar q mereço, mas pq tenho pedido a Deus tds os dias e sei q um dia me ouvirá pela sua infinita misericórdia. NADA é impossível p aquele q crer. E como está escrito no livro de HB. cap.11 vers.1 : Ora, a fé é o firme fundamento das coisas q se esperam, e a prova das coisas q se ñ vêem.
    leoneis

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