quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

34º Acampamento ADJ Unifesp - 1º Dia: CONFIAR.


Partida para o acampamento.

Grupo formado no acampamento.
Filhos crescem, tomam decisões próprias que devemos saber respeitar.
Mas ontem aprendi uma grande lição, a de CONFIAR.
Quando cheguei a SP, meu coração já começou a bater diferente, não sei explicar, mas era uma sensação muito estranha, quando se aproximou a hora da partida... ele apertou e apertou forte,
O Igor fechou a cara, as mãos ficaram geladas e ai veio a pergunta, -Você realmente quer ir?
Levei no ônibus, insisti, e por fim ele mandou eu descer... Aí a coisa ficou feia pra mim, "Ele esta triste?" "Ele quer desistir?" "Ele está com medo?", quando o ônibus partiu, abriu-se um vazio, era como se eu não fosse nada... Eu sabia que meu filho estava inseguro em relação ao glicosimetro, o fato dele não ter um glicosimetro com ele, colaborou para aquela cara fechada antes da partida.
É logico que terá acesso a um sempre que for necessário. Mas eu preciso confiar nele e na equipe e ele mais do que ninguém.
Confiar a terceiros os cuidados com a glicemia, acho que esse é dos nossos problemas. Somente eu e ele na monitorização é como um limite nos relacionamentos sociais.
As 10:00 o celular despertou, "E agora? O que eu faço? ligo pra quem? Confiro a glicemia de quem? Conto Carboidratos pra quem?", a Nicole até brincou: - Monitora a minha glicemia!
Confiar!!!
Como é um processo difícil!
Na reunião as psicologas, médicos e nutricionistas nos deixam mais tranquilos, tão tranquilos que foi pedido aos pais, quando seus filhos voltarem, olhem pra eles, permitam que eles pratiquem o que aprenderam, porque com certeza voltarão mais responsáveis e conscientes.
Será que nós, pais e mães, que geramos problemas em relação ao controle? Nós tornamos as coisas mais difíceis pra eles?
As vezes acho que sim, que atrás de todo diabético rebelde ou mau controlado ou revoltado, mesmo triste,  tem uma família com problemas emocionais.
Será que nós fazemos diferenciação entre os filhos? Cobramos hábitos saudáveis mais do filho DM1 do que dos não DM1? Não percebemos que deixamos a desejar na atenção e no afeto ao filho não diabético?
Sem sombra de dúvida!
Nossos filhos não diabéticos sofrem calados a nossa ausência?
Alguem citou um fato, de uma criança que escreveu em seu diário: "Eu queria ser diabética também, pra receber atenção da minha mãe."
Pensemos nisso!!!
A cada minuto, estou aprendendo a confiar... é um processo difícil, mas necessário.
Igor fazendo o teste capilar no acampamento.

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